Santa Rita de Cássia


Santa Rita advogada das causas impossíveis


Santa Rita de Cássia é uma das Santas mais amadas de hoje, objeto de uma extraordinária devoção popular, porque amada pelo povo que a sente muito perto pela sua espetacular "normalidade" de existência quotidiana vivida por Ela, antes de tudo como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana. A veneração por esta pequena freira de Cássia não parece diminuir, ao contrário, se intensifica com o tempo, acompanhada da curas, conversões, perfumes e outras coisas.


A Santa Rita a vida não a poupou de nada:


  • Muito jovem foi dada em esposa a um homem iroso e brutal com o qual teve dois filhos, todavia com o seu doce amor e paixão conseguiu transformar o caráter do marido e fazê-lo mais dócil.
  • Santa Rita conviveu e dividiu a dura vida das pessoas do seu pequeno bairro.
  • O marido foi assassinado e dentro de pouco tempo os filhos também o seguiram na sepultura.
  • Ela porém não se abandonou à dor, à desesperação, ao rancor e ao desejo de se vingar, ao contrário conseguiu em modo heróico a afogar a sua dor através do perdão aos assassinos do marido. Fez de tudo para que a familia do marido fizesse as pazes com os assassinos, interrompendo assim a espiral deódio que se era criada.
  • Entrou em convento e viveu os últimos 40 anos de vida em assídua contemplação, penitência e oração, completamente dada ao Senhor.
  • Santa Rita, 15 anos antes de morrer, recebeu a singular "espinha" daquela chaga dolorosa que lhe foi estampada na testa, que incessantemente lhe causou terríveis dores e os sofrimentos inauditos da coroação de espinhas.

A Sua foi uma vida de cruz, suportou a dor que lhe apertava a alma e lacerava as carnes porque compreendeu a sabedoria da Cruz. Assim trocou a dor em uma incredível expressão de amor que doa sem pedir e a transformou em uma força enorme de elevação espiritual. Era aquele amor que loda Deus apesar dos sofrimentos: em uma forma mais pura e maior da caridade.

Santa Rita difundiu a alegria do PERDÃO imediato e generoso, da PAZ amada e por isso a persegue como bem supremo, do AMOR fraterno intenso e sincero, da extrema CONFIANÇA em Deus, completa e filial, da CRUZ levada com Cristo e por Cristo. Ela nos exorta a confiar em Deus para que se faça em nós os desenhos divinos.

A força de Santa Rita està na capacidade de falar a cada coração, de partecipar a todos os nossos problemas. Por quanto se possa sentir infeliz, ore con confiança nela que não deixarà di transformar as suas orações em súplicas ardentes e agradáveis ao Senhor. A Sua intercessão é tanto potente que o povo devoto a chama "Santa das causas impossíveis, advogada das causas desesperadas".

Santa Rita proseguiu neste caminho entusiasmante à descoberta desta humilde senhora que con o seu exemplo é ainda hoje a nossa grande mestra. Pedimos a Ela que interceda pelas nossas tribulações, as necessidade e as angústias, mas principalmente que nos ensine a aceitar os sofrimentos sem compromissos, a capacidade de perdoar de coração e nos faça fixar o pensamento e o coração em Deus "a fim de que entre as coisas mutáveis do mundo, os nossos corações sejam fixos lá onde está a verdadeira alegria".


A Vida de Santa Rita de Cássia


Rita nasceu provavelmente no ano 1381 em Roccaporena, uma aldeia situada na Prefeitura de Cássia na provincia de Perugia, da Antonio Lotti e Amata Ferri. Os seus pais eram crentes e a situação econômica não era das melhores, mas decorosa e tranquila.

A história de S. Rita foi repleta de eventos extraordinários e um destes se mostrou na sua infancia.
A criança, talvez deixada por alguns minutos sozinha em uma cesta na roça enquanto os seus pais trabalhavam na terra, foi circundada da um enxame de abelhas. Estes insetos recobriram a menina mas estranhamente não a picaram. Um caipira, que no mesmo momento havia ferido a mão com a enxada e estava correndo para ir curar-se, passou na frente da cesta onde estava deitada Rita. Viu as abelhas que rodeavam a criança, começou a mandá-las embora e con grande estupor, a medida que movia o braço, a ferida se cicatrizava completamente.

A tradição nos diz que Rita tinha uma precoce vocação religiosa e que um Anjo descia do céu para visitá-La quando ia rezar em uma pequena mansarda.

Santa Rita Aceita de Casar
Rita teria desejado ser monja todavia ainda jovem (a 13 anos) os pais, já idosos, a prometeram em casamento a Paulo Ferdinando Mancini, um homem conhecido pelo seu caráter iroso e brutal. S. Rita, habituada ao dover não opôs resistência e se casou com o jovem oficial que comandava a guarnição de Collegiacone, presumivelmente entre os 17-18 anos, isto é em torno aos anos 1387-1388.

Do casamento entre Rita e Paulo nasceram dois filhos gêmeos; Giangiacomo Antonio e Paulo Maria que tiveram todo o amor, a ternura e os cuidados da mãe. Rita conseguiu com o seu doce amor e tanta paciência a transformar o caráter do marido, o fazendo ser mais dócil.

A vida conjugal de S. Rita, passado 18 anos, foi tragicamente terminada com o assassinato do marido, durante a noite, na Torre de Collegiacone a alguns kilometros de Roccaporena quando voltava para Cássia.

O Perdão
Rita ficou muito aflita pela atrocidade do acontecimento, procurou proteção e conforto na oração com assíduas e ardentes preces no pedir a Deus o perdão dos assassinos do seu marido.
Contemporaneamente, S. Rita formulou uma ação para chegar à pacificação, a partir dos seus filhos, que sentiam como um dever a vingança pela morte do pai.
Rita se deu conta que a vontade dos filhos não era di perdão, então a Santa implorou ao Senhor oferecendo a vida dos seus filhos, a fim de não vê-los manchados de sangue. "Eles morreram antes de completar um ano da morte do pai"...

Quando S. Rita ficou sózinha, tinha pouco mais de 30 anos e sentiu reflorescer no seu coração o desejo de seguir aquila vocação que na juventude tinha desejado realizar.

Santa Rita se Transforma Em Monja
Rita pediu para entrar como monja no Mosteiro de S. Maria Madalena, mas por três vezes lhe foi negado, porque viúva de um homem assassinado.
A legenda narra que S. Rita conseguiu superar todos os impedimentos e portas fechadas graças à intercessão de S. João Batista, S. Agostinho e S. Nicola de Tolentino que a ajudaram a voar da “Rocha” até o Convento de Cássia em um modo a Ela incomprensível. As monjas convencidas do prodígio e do seu sorriso, a acolheram e lá Rita permaneceu por 40 anos submersa na oração.


O Milagre Singular da Espinha
Era sexta-feira Santa de 1432, S. Rita voltou ao Covento profundamente confusa, depois de ter escutado um predicador reinvocar com ardor os sofrimentos da morte de Jesus e permaneceu orando na frente do crucifixo em contemplação. In um momento de amor S. Rita pediu a Jesus de condividir pelo menos em parte, os Seus sofrimentos. Aconteceu então o prodígio: S. Rita foi perfurada por uma espinha da coroa de Jesus, na testa. Foi um espasmo sem fim. S. Rita teve a ferida na testa por 15 anos como sigilo de amor.




Vida de Sofrimento
Para Rita os últimos 15 anos foram de sofrimento sem trégua, a sua perseverança na oração a levava a passar até 15 dias correntes na sua cela "sem falar com ninguém se não com Deus", além do mais usava também o cilicio que lhe dava tanto sofrimento, submetia o seu corpo a muitas mortificações: dormia no chão até que se adoentou e ficou doente até os últimos anos da sua vida.

O Prodígio da Rosa
Após 5 meses da morte de Rita, um dia de inverno com a temperatura rígida e um manto de neve cobria tudo, uma parente lhe foi visitar e antes de ir embora perguntou à Santa se Ela desejava alguma coisa, Rita respondeu que teria desejado uma rosa da sua horta. Quando voltou a Roccaporena a parente foi à horta e grande foi a sua surpresa quando viu uma belíssima rosa, a colheu e a levou a Rita.

Assim S. Rita foi denominada a Santa da "Espinha" e a Santa da "Rosa".

S. Rita antes de fechar os olhos para sempre, teve a visão de Jesus e da Virgem Maria que a convidavam no Paraíso. Uma monja viu a sua alma subir ao céu acompanhada de Anjos e contemporaneamente os sinos da igreja começaram a tocar sozinhos, enquanto um perfume suavíssimo se espalhou por todo os Mosteiro e do seu quarto viram uma luz luminosa como se fosse entrado o Sol. Era o dia 22 Maio de 1447.



S. Rita da Cássia foi beatificada 180 anos depois da sua subida aos céus e proclamada Santa após 453 anos da sua morte.

Quarenta seis Milagres

Da biografia de Padre Cavallucci, reproduzida no primeiro volume da Documentação ritiana antiga, se observa que já daquela época perto da arca de Rita se viam "muitas imagens de prata, de cera, de figuras em madeira e em tela, de ferros, de correntes de escravos, pontas de espingardas quebradas", tudo "fedelmente registrado dos Tabeliões na presença de testemunhas.


Perto do sagrado corpo de Rita, continua o biográfo, "se veem muitos doentes e feridos serem curados de gravíssimas enfermidades, muitos cegos voltarem a ver, muitos mudos de nascença terem recebido a fala, mancos e defeituosos ficarem sãos"; além dos endemoninhados que vinham liberados e não faltava quem afirmava ter fugido da morte certa graças à intercessão da Freira Rita.
Nesta biografia são citados 46 milagres, os primeiros onze dos quais todos no ano 1457 o que se pode supor que sejam aqueles descritos pelo Tabelião Casciano Domenico Angeli. Eis:


  • Battista D’Angelo de Colgiacone não avendo a luz nos olhos, mandou devotos para rezar ao Senhor Deus na frente do corpo da Beata Rita e por misericórdia infinita foi satisfeito, retornando-lhe a vista come antes.
  • No dia 25 do mesmo mês Lucretia de Ser Pauolo de Colforcello, estava mal devido à grande idade e inchada por hidropisia, se fez conduzir na frente do corpo da Beata Rita, fazendo devotas orações, retornou sã como antes.
  • Ainda no mesmo mês uma mulher chamada Cecca d’Antonio surda de um ouvido por cinco anos contínuos, invocando principalmente l’Onipotente Deus e a Beata Rita foi liberada com claríssimos sinais na presença de muitas pessoas.
  • No dia 29 do mesmo mês. Salimene d’Antonio do Poggio tendo um dedo da mão insensível a muito tempo, encostando-o no corpo da Beata com grande reverência e humildade, devoção e fé, foi liberado na presença de muita gente e derramando muitas lágrimas, rendeu graças ao Senhor e à Beata Rita.
  • No último dia de Maio de 1457. Giacomuccia de Leonardo da Ocone tormentada por muitos anos por uma gravíssima dor nas pernas e no corpo, nos dois últimos anos não se alimentava bem. Carregada nos braços foi levada até à presença do corpo da Beata e implorando ao Senhor e a Ela, ficando por oito dias na Igreja, foi liberada e com grandíssima alegria agradeceu a Deus em primeiro lugar e à Beata Rita.
  • No mesmo dia Cecca de Gio da Biselli de Norcia tendo nascida muda, como comprovam os parentes e outras pessoas que vieram visitar o corpo da Beata, depois de tantas devotas orações, ela começou a falar e dizer Ave Maria e outras palavras, com grandíssimo estupor dos parentes e de tantas pessoas.
  • No dia 2 de junho de 1457. Matteo do Re d’Ocone. Bernardo seu filho, tinha uma pedra na bexiga que lhe causava muita dor. Com grande devoção implorou à Beata Rita e seu filho foi liberado do sofrimento.
  • No dia 3 do mesmo mês, Espirito d’Angelo de Cassia tinha sofrido por 4 anos de dores fortíssimas à ciática, rezando à Beata Rita, foi liberado.
  • No dia 7 Mattia de Cancro da Rocca Indulsi de Norcia tendo nascita muda e levada aos seus parentes a fim de rezarem por ela, obteve a graça de Deus de poder falar com a língua livre e isto foi causa de estupor entre as pessoas que a escutaram falar e foram feitas procissões por todos os Sacerdotes e uma Pregação do R. P. Mestre Giovanni Pauletti de Cassia.
  • No mesmo dia Cecco d’Antonio de Sao Cipriano de Matrice mudo de nascença, conduzido por seu pai ao corpo da Beata Rita, com ardentes orações, ficaram dois dias alì e recebendo a graça com grandíssimo estupor de todos.
  • No dia 8 de junho de 1457. Lucia de Santi do Castel de Santa Maria de Norcia, cega de um olho a 15 anos e do outro quase não via nada, colocada a mão no corpo da Beata Rita, onde ficou por 15 dias em oração, foi finalmente iluminada dos dois olhos, com lágrimas e suspiros louvava e agradecia à Divina Majestade.

Como se pode constatar, as curas milagrosas são de diferentes doenças, inclusive cegueira e mutismo de nascença.
Os outros milagres foram entre os anos 1447 e 1603. Se trata de curas de doenças de todos os tipos: paralisias totais, pedra na bexiga, dificuldade de fala, feridas consideradas incuráveis e em putrefação, abcessos na garganta, loucura, ossos quebrados, feridas infeccionadas, hemorragias, possessões por "espíritos imundos", peste, cancer na garganta e outros.

Além de citar os milagres acertados e protocolados, o Padre Cavallucci informa que "ainda hoje nos nossos tempos, ao abrir a Caixa e a arca onde se incontra o corpo, se sente uma fragrança a qual parece feita de várias misturas odoríficas, sentindo-se até que a caixa està aberta, e que todas as vezes que o Nosso Senhor Jesus Cristo concede qualquer graça por intercessão da Beata Rita, este odor e esta fragrança se sente mais nos dias antes e depois que a caixa vem fechada, como aconteceu tantas vezes e que depois aparece alguém de outras cidades trazendo ofertas em agradecimento pelos votos deles...".

Os Cavallucci acrescenta ainda que as monjas do mosteiro tinham hábito de no mês de maio preparar pequenos pãezinhos que no dia da festa da freira Rita, o dia 22, distribuiam ai necessitados; e "por ter provado este pão" muitos vinham liberados das febres e de outras enfermidades.
Ainda: o ólio da lanterna que era costantemente acesa sobre a caixa de Rita, era tido como milagroso, por isso as monjas "davam o ólio desta lanterna a diversas pessoas a fim de que esfregassem nas partes doentes e doloridas e assim encontravam melhoras.

Carta do Papa João Paulo II


No sexto centenário do nascimento de Santa Rita

Ao venerável irmão
Ottorino Pietro Alberti
Arcebispo de Spoleto e Bispo de Norcia

Com a recente carta, relativa às celebrações ainda em fase per o VI Centenário do nascimento de Santa Rita da Cássia, Ela quis renovar-me o amável convite, já manifestado no mês de março do ano passado, porque com uma especial visita ou com outra iniziativa, participei de pessoa ao unanime coro de louvor que se eleva no mundo cristão em honra daquela, que o meu predecessor Leao XIII de v.m. chamou "a pérola preciosa da Umbria".
Tal pedido, que é compartilhada não somente pelos filhos das dioceses a Ela confidadas, mas dos tantos devotos da Santa, se incontra com o meu vivo desejo de não deixar passar o presente "Ano Ritiano" sem que eu lembre e exalte a sua mística e tanto querida figura. Por isso, unindo-me espiritualmente ao pelegrinos que veem em multidão da longe a Cássia, sou feliz em colocar uma flor de piedade e de veneração sobra a sua Tomba, em recordação dos exemplos das suas altas virtudes.
Agradeço à Providência Divina por algumas singulares conexões, que unem o presente Centenário e outras recorrências altamente sugestivas para que saiba ler na justa prospectiva os acontecimentos da história humana. Não esqueço, a visita que eu fiz em Norcia para celebrar, à quinze séculos do seu nascimento, o grande patriarca do monaquismo ocidental São Benedito. Nem posso omitir a recente abertura do Centenário de São Francisco de Assis. São duas figuras, estas, ao lado das quais a humilde Dona de Roccaporena se coloca como uma irmã caçula, quase a compor un "tríptico ideal" de radiante santidade, que atesta e junto solecita a aprofundar, no senso da coerência, a interminável quantidade de graças que provém da terra fecunda da Umbria Cristã.

Mas não posso deixar de lado uma outra feliz coincidência, o fato que Rita nasceu um ano depois da morte de Caterina da Siena, quase como um sinal de continuidade de maravilhoso significado espiritual.
E’ notório a todos como o itinerário terreno de Santa de Cássia se articula em diversos períodos de vida, cronologicamente sucessivos e – aquilo que interessa – dispostos em ordem ascendente, que mostra as diferentes fases de desenvolvimento da sua vida de união com Deus. Porque Rita é Santa? Não tanto pela fama dos prodígios que a devoção popular atribui à eficácia da sua intercessão junto a Deus onnipotente, quanto pela estupefaciente "normalidade" da esistência quoditiana, della vivida antes como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana.

Era uma desconhecida moça desta Terra, que no calor do ambiente familiar tinha pegado o hábito da doce piedade para com o Criador na visão, que è jà uma lição, do sugestivo cenário das montanhas apeninicas. Então, aonde estava a razão da sua santidade? E onde a heroicidade das suas virtudes? A sua vida era tranquila e sem notoriedade, quando, contra as suas pessoais preferências, abraçou o casamento. Assim ficou esposa, revelando-se como um verdadeiro anjo no ambiente matrimonial e conseguindo com ações resolutivas a transformar os maus hábitos do marido. Foi também mãe e contente pelo nascimento dos dois filhos, pelos quais, depois do assassinato do marido, tanto sofreu, no temor que nas almas dos seus filhos aparecesse a sombra de um desejo de vingança contra os assassinos do pai. Da sua parte, os tinha generosamente perdoado, determinando também a pacificação das familias.

Já viúva, ficou logo depois privada dos filhos e sendo livre de qualquer vínculo terreno, decediu de dar-se toda a Deus. Mas também sofreu provas e contradições, até que pode realizar o seu sonho da jovem, consagrando-se ao Senhor no Mosteiro de Santa Maria Madalena. A humilde existência, que aqui passou aproximadamente por 40 anos, foi reconhecida aos olhos do mundo e aberta somente na intimidade com Deus. Foram aqueles anos de assídua contemplação, anos de penitência e de orações, que chegaram ao clímax quando aquela chaga se estampou dolorida sobre a sua testa. Este sinal da espinha, apesar da dor física que lhe causava, foi como um sigilo dos seus sofrimentos interiores, mas foi sobretudo a prova da sua direta partecipação à Paixão de Cristo, no meio, por assim dizer, de um momento dramático, como foi aquele da coroação de espinhas no pretorio de Filato. (cfr. Mt 27,28; Me 15,17; Gv 19, 2.5)
E’ aqui, portanto, que precisa avistar o vértice da sua mística subida, aqui a profundidade de um sofrimento, que foi tal que determinou um sinal somático externo. E aqui ainda se descobre um significativo ponto de contacto entre os dois filhos da Umbria: Rita e Francisco. Na realidade, aquelas que foram as estigmas para o Pobrezinho, foi a espinha para Rita: isto è um sinal, aquelas e estas, de direta associação à Paixão redentora de Cristo Senhor, coroado por pungentes espinhas depois da cruel flagelação e, sucessivamente, perfurado por pregos e atacado com uma lança no Calvário. Tal associação aconteceu com os dois Santo na comum base daquele amor, que tem uma intrínseca força de união, e por aquela espinha dolorida, a Santa das rosas se transformou em símbolo vivente de amorosa compartecipação ao sofrimento do Salvador. Que a rosa do amor agora é fresca, quando è associada à espinha da dor! Assim foi com Cristo, modelo supremo; assim foi com Francisco; assim foi com Rita. Na verdade, Ela sofreu e amou: amou Deus e amou os homens; sofreu por amor a Deus e sofreu por causa dos homens.

Portanto, o gradual acontecimento dos vários estágios no seu caminho terreno revela Nela um paralelo crescimento de amor até aquela estigma que, enquanto da a medida adequada da sua elevação, explica ao mesmo tempo porque a sua doce figura trás tanta atração entre os fiéis, que celebram o seu nome e aclamam os poderes para com o trono de Deus. Filha espiritual de Santo Agostinho, Ela colocou em prática os seus ensinamentos, sem nem mesmo os ter lido nos livros. Ele que tinha recomendado às mulheres consagradas de "seguir" o Cordeiro onde for" e de "contemplar com os olhos interiores as chagas do Crocifixo, as cicatrizes do Redentor, o sangue do morrente (...), todo pesando sobre a balança da caridade" (cfr. De Sancta Virginitate, 52, 54, 55; PL 40, 428), foi obedecido "ad litteram" por Rita que, especialmente nos quarenta anos de clausura, demonstrou a continuidade e a força do contacto estabelecido com a vítima divina do Golgota.
A lição da Santa se concentra sobre estes elementos típicos de espiritualidade: a oferta do perdão e a aceitação dos sofrimentos, não através de uma forma de passiva aceitação ou como fruto de fraqueza feminina, mas pela força daquele amor para com Cristo, que proprio na recordação do episódio da coroação, padeceu junto com as outras humilhações, uma atroz parodia da sua nobreza.

Alimentado por esta cena, que não sem motivo a tradição da Igreja colocou ao centro dos "mistérios dolorosos" do Santo Rosário, o misticismo ritiano se unia ao mesmo ideal, vivido em primeira pessoa e não simplesmente anunciado, pelo Apóstolo Paulo: Ego…stigmata Domini lesu in corpore meo porto (Gai 6,17); Adimpleo ea, quae desunt passionimi Christi in carne meo prò corpore ejus, quod est Ecclesia (Col 1,24). Este outro elemento também precisa ser relevado, isto é, a destinação eclesial dos méritos da Santa: segregada do mundo e intimamente associada ao Cristo sofredor. Ela fez refluir na comunidade dos irmãos o fruto deste seu "perdoar".
Verdadeiramente Rita é ao mesmo tempo a "mulher forte" e a "virgem de grande sabedoria" das quais nos fala a Sagrada Escritura (Pro 31,10ss; Mt 25,1 ss), que em todos os estados de vida indica, e não a palavras, qual seja a estrada autentica à santidade como sequela fiél de Cristo até a cruz. Por isso a todos os seus devotos, espalhados por todo o mundo, quis repropor a doce figura com esperança que inspirando-se nela, queiram corresponder, cada um no seu estado de vida, à vocação cristã nas suas exigências de clareza, de testemunho e de coragem: sic luceat lux vostra coram hominibus... (Mt 5,16).
A este propósito confido a Ela a presente Carta que, na luz do Centenário Ritiano, Ela quererá levar ao conhecimento dos fiéis com o encorajamento e o conforto da Benedição Apostólica.

Do Vaticano, 10 de fevereiro de 1982, quarto do Pontificado.

Oração à Santa Rita


PADROEIRA DOS CASOS IMPOSSÍVEIS E DESESPERADOS

Oh querida Santa Rita,
nossa Padroeira também nos casos impossíveis e Advogada nos casos desesperados,
faz que Deus me livre da minha presente aflição......., 
e afaste a ansiedade, que aperta forte o meu coração.

Pela angústia, que vos esperimentastes em tantas ocasiões,
tenhais compaixão da minha pessoa a vós devota,
que confidentemente pede o vosso intervento
junto ao Divino Coração do nosso Jesus Crocifixo.

Oh! querida Santa Rita,
guiais as minhas intenções
nestas minhas humildes orações e ferventes desejos.

Corrigendo a minha passada vida pecadora
e obtendo o perdão de todos os meus pecados,
tenho a doce esperança de gozar um dia
Deus no paraíso junto com vós para toda a eternidade.
Assim seja.

Santa Rita, Padroeira dos casos desesperados, reza por nós

Santa Rita, Advogada dos casos impossíveis, intercede por nós.

3 Pai Nossos, Ave e Glória.

Epílogo


Por quanto tu possas ser infeliz, pelo que te incomoda, não temer de abrir com confiança o teu coração a esta pequena, grande freira de Cássia. Santa Rita saberá falar ao teu coração com o Seu extraordiário Amor e inflamá-lo e através da Sua intercessão fazê-lo ainda mais amado ao Senhor.

Santa Rita nos séculos deixou a sua maneira de amar, pelas extraordinárias curas, conversões e liberações dos obsessos obtidas por Deus, ainda hoje está perto de quem a invoca, porque o amor não tem tempo e dura para sempre.

L’intercessão de Santa Rita è tão potente que o povo devoto a chama de "Santa dos casos impossíveis, advogada dos casos desesperados". O que tu esperas, experimentas também a pedir a sua potente intercessão, quem sabe que a tua constança seja premiada e tu possas unir com aqueles que agradeçem Deus de ter-lhes dado esta grande Santa.

Santa Rita de Cássia, 
Rogai Por Nós!


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