Absurdo amar Jesus sem a Igreja


"Não podemos Amar a Jesus sem a Igreja"


O Papa Francisco celebrou nesta terça-feira, 23, a missa por ocasião da memória litúrgica de São Jorge, sua festa onomástica (dia em que uma pessoa celebra um santo, no dia em que ele é celebrado pela Igreja, cujo nome coincide com seu nome de batismo). Em uma breve homilia feita na presença dos cardeais residentes em Roma, o Santo Padre destacou que a identidade cristã é uma pertença à Igreja, e não uma simples carteira de identidade.

Recordando o que dizia o Papa Paulo VI, Francisco destacou que não é possível encontrar Jesus fora da Igreja, da Igreja Mãe. Esta Igreja Mãe é aquela que doa Jesus ao ser humano, doa esta identidade. "É uma pertença. Identidade significa pertença. Pertença à Igreja: isto é belo!".



Francisco também citou a descoberta da missionariedade da Igreja nas primeiras comunidades cristãs, justamente em um momento de perseguição. Porém, este momento é perpassado por muita alegria, a alegria própria da evangelização. Citando Santo Agostinho, o Papa destacou que é assim que a Igreja segue adiante: entre as perseguições do mundo e as consolações do Senhor.

"Se quisermos caminhar na estrada mundana, negociando com o mundo – como queriam fazer os Macabeus, que eram tentados naquele tempo – nunca teremos a consolação do Senhor. E se nós procurarmos somente a consolação, será uma consolação superficial, não aquela do Senhor, será uma consolação humana", disse.

E retomando a missionariedade da Igreja, Francisco fez um convite para que se pense nisso, para que se pense na Mãe Igreja que cresce com novos filhos, aos quais doa a identidade da fé. Ele também enfatizou que se o ser humano não é "ovelha de Jesus", a fé não vem, é uma fé sem substância. "Peçamos ao Senhor esta parresia, este fervor apostólico, que nos impulsiona a seguir em frente, como irmãos, todos nós: adiante!".

O Papa Francisco voltou a condenar a tendência de se separar a fé em Jesus Cristo da pertença à Igreja. Numa época marcada pela indiferença religiosa, as palavras do Santo Padre soaram como um duro golpe no slogan moderno "Jesus sim, Igreja não". Para Francisco, isso "é uma dicotomia absurda". As palavras do Papa foram proferidas nesta manhã, durante a homilia da Missa que celebrou na Capela Paulina, por ocasião de seu onomástico, São Jorge.

Apesar do alerta de Francisco, é comum encontrar pessoas que pensam dessa maneira. Já o Papa Pio XII denunciava essa recusa à Igreja como algo diabólico. O Santo Padre elencava os três "nãos" do diabo: o primeiro era à Igreja, o segundo a Cristo e o terceiro ao próprio Deus. Uma verdade que salta aos olhos, sobretudo quando se analisa as tantas e tantas teologias que se afastaram do Magistério dos Santos Padres: acabaram inventando um Jesus muito distante daquele do Evangelho.

A Igreja é, por excelência, o lugar comum e legítimo para profissão da fé. Tanto é verdade que o Papa Paulo VI se expressou desta forma na Encíclica Evangelii Nuntiandi: "é ela (a Igreja) que tem a tarefa de evangelizar. E essa tarefa não se realiza sem ela e, menos ainda, contra ela". Ora, se a Igreja é o Corpo de Cristo, de que maneira se pode amar a Cristo e não o seu Corpo? Por conseguinte, Paulo VI se recordava das Palavras do próprio Senhor para lamentar por aqueles que renunciam a Igreja, a pretexto de uma fé "independente": "Quem vos rejeita é a mim que rejeita".


Fonte: Canção Nova Notícias

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